quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Um olhar sobre a Casa do Baile


No dia 28 de agosto de 2009, nós, alunos da Escola de Arquitetura da UFMG, realizamos uma visita à região da Pampulha.
Durante a atividade, diversos foram os aspectos que nos impressionaram. Algumas impressões falam por si só e nos saltaram aos olhos, como a beleza do entorno da lagoa, a nostalgia dos tempos áureos daquela construção, os jardins de Burle Marx, ou as curvas de Niemeyer. Outros pontos e reflexões nos foram trazidos por nosso professor, tais como a estrutura revolucionária do teto e a forma como a estrutura parece flutuar sobre a lagoa.
Na realização do trabalho sobre o qual deveríamos criar um panorama pessoal daquele local, pude observar uma diversidade de olhares, cada qual dando maior enfoque, na imagem a ser criada, ao “canto” que exerceu maior cativação.
Na montagem do panorama, o que se revelou mais marcante foi a maneira como o arquiteto aproveitou ao máximo a paisagem vibrante da lagoa, acompanhando a margem do espelho d’água, e revelando entre cada par de colunas um olhar diferente sobre a Pampulha.
A forma como os pilares sustentam a estrutura superior, permitindo uma amplitude horizontal fantástica, é um dos pontos que mais me marcaram. Ao mesmo tempo, a própria Casa do Baile se presta a tornar-se uma moldura impressionante da beleza da lagoa, da natureza e do céu, permitindo vislumbrar-se dali mesmo outras paisagens, como as montanhas sinuosas de minas ou aos azulejos de Portinari.
Assim, aliadas às curvas do arquiteto vanguardista, cada conjunto constituído por um par de colunas, pelo teto e pelos azulejos convidaram-me a visualizar um diferente panorama, num caminhar de certa forma interativo, ajudando a explicar por que muitas de suas propostas continuam atuais no Brasil e no mundo.

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